Fomos convidados pelo comitê de Propriedade Intelectual da ICC (International Chamber of Commerce) para participar, em conjunto com especialistas de vários países, da elaboração de um guia prático sobre valoração de propriedade intelectual. O guia está em fase final de revisão e em breve deve ser “lançado”.
Escrever sobre o tema nos faz organizar as ideias, então aproveitamos para compartilhar um pouco das reflexões que surgiram durante a elaboração do material.
Sabemos que o valor de qualquer ativo (tangível ou intangível) pode ser estimado pela expectativa do seu benefício econômico futuro. Quanto mais precisa a estimativa desses benefícios, mais assertiva a valoração desse ativo.
Olhando para um ativo de propriedade intelectual (por exemplo, marcas ou patentes), o principal objetivo costuma ser o de se obter exclusividade de uso deste ativo sobre competidores em determinado mercado ou aplicação tecnológica. Dessa forma, o valor econômico dessa marca ou patente deveria estar relacionado ao valor econômico proporcionado por essa exclusividade.
Já escrevemos em outros materiais que uma marca ou patente não possui um valor absoluto. Esse valor depende de como e por quem o ativo será explorado. Sem isso, qualquer estimativa de valor poderia ser algo pouco realista.
Vale destacar que a incerteza também tem um papel importante na valoração de marcas e patentes. Aqui podemos destacar três grandes grupos de incertezas:
Esses aspectos trazem subjetividade à valoração de ativos de propriedade intelectual e torna esse tema desafiador tanto para a academia quanto para instituições que valoram ativos de propriedade intelectual.
Algumas variáveis têm influência significativa na valoração de marcas e patentes. Alguns dos principais são os seguintes:
Sempre falamos que a valoração de propriedade intelectual não pode ser um fim em si. Ela deve ser parte de um processo ou tomada de decisão mais amplos. Como um parênteses, temos visto que em alguns casos é possível se tomar decisões sem a necessidade de, efetivamente, valorar (como no caso de revisão de portfólio de patentes)
Nós temos classificado os objetivos de se valorar em 3 grandes grupos:
Este material traz algumas das reflexões mais recentes que temos tido sobre valoração de ativos de propriedade intelectual e tem o papel de reforçar a aplicabilidade da valoração – em especial não a posicionando como fim e sim como meio.
Caso tenha alguma dúvida ou sugestão sobre conteúdos sobre gestão ou valoração de ativos de propriedade intelectual que podem ser relevantes, fique à vontade para falar conosco
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