Na primeira parte da nossa série sobre a Pesquisa de Propriedade Intelectual, realizada pelo Ilupi em 2022, falamos sobre o perfil das instituições participantes. Desta vez, vamos discutir mais detalhadamente a caracterização dos portfólios de instituições detentoras de ativos de PI. Nesta segunda parte da série, falaremos ainda sobre os objetivos da instituição ao proteger uma inovação.
Caso você ainda não tenha baixado nosso ebook completo, este post falará resumidamente sobre os seguintes capítulos da nossa pesquisa:
4.1. Caracterizando o portfólio das instituições detentoras de ativos de PI
4.2. Portfólio de Patentes (de Invenção e Modelo de Utilidade)
4.3. Portfólio de Marcas
4.4. Portfólio de Domínios de Internet
4.5. Portfólio de Registros de Software
4.6. Depósito internacional de ativos de PI
4.7. Práticas de gestão estratégica adotadas pelas instituições detentoras de PI
4.8. Importância da PI na gestão da Instituição
4.9. Relação entre a estratégia de PI e a estratégia da instituição
4.10. Próximos passos da invenção após cumprimento dos requisitos técnicos
4.11. Objetivos da instituição ao proteger uma inovação
4.12. Outras estratégias de proteção consideradas
4.13. Critérios avaliados para definição da abrangência geográfica da proteção
Boa leitura!
Conforme discutimos anteriormente, podemos entender melhor a importância de ativos de Propriedade Intelectual na gestão estratégica de uma instituição por meio da forma como ela trata seu portfólio de PI.
Dentre as 41 instituições participantes, conseguimos encontrar todos os seis tipos de proteção anteriormente levantadas. Veja:
Observem que as patentes de invenção, modelo de utilidade e as marcas foram os ativos mais protegidos pelas instituições participantes da pesquisa.
Esses percentuais refletem a característica das empresas participantes da pesquisa, que com cultura em PI mais estabelecida, apresentam um portfólio de patentes maior que o de marcas e outras formas de proteção, fato que pode ser relacionado à maturidade dessas empresas em reconhecer a força deste tipo de proteção para o seu modelo de negócios.
Posteriormente, buscamos verificar o tamanho do portfólio de cada um desses ativos nas instituições, informação relevante que possibilita indicar onde esses órgãos estão colocando mais esforços nas ações estratégicas de proteção e comercialização das inovações.
Com relação às patentes de invenção e modelo de utilidades, a maioria das instituições apresentam portfólios entre 50 e 500 proteções, seguidas por aquelas com portfólios entre 10 e 50. Se observarmos bem, veremos que 11,5% das instituições possuem portfólios de patente mais expressivos, com mais de 1.000 proteções (todas elas empresas).
Com relação às marcas, verificamos uma predominância de portfólios menores, com 50% das instituições possuindo até 10 registros:
Para domínios de internet, os portfólios menores foram ainda mais expressivos. Nossa pesquisa revelou que a maioria das instituições possuem até 10 domínios. No entanto, entre as empresas, o maior percentual foi o de respondentes com 51 a 500 domínios de internet.
Para os registros de software, a maior parte das instituições apresentam portfólios contendo entre 10 a 50 registros. Apesar de só protegerem o código fonte, o registro contribui nos indicadores de inovação. Adicionalmente, os custos relacionados a esse tipo de proteção são relativamente baixos, o que incentiva as instituições a tornar essa ação cada vez mais comum, e apesar da pequena proteção oferecida, não deixa de ser uma garantia legal capaz de agregar valor ao ativo.
Poderíamos afirmar que empresas que se encontram em patamares mais avançados no que tange à gestão estratégica de PI consigam ter seus objetivos relacionados à proteção de seus ativos bem claros e definidos. É importante entender se essas instituições têm clara consciência da importância da definição desses objetivos, contribuindo para direcionar suas ações e garantir que o mecanismo de proteção esteja de fato conectado com uma estratégia de negócio.
Os gráficos abaixo mostram os objetivos apontados por cada tipo de instituição detentora de ativos de PI:
Podemos observar, então, que as respostas dadas por universidades estão coerentes com o objetivo de difusão da inovação e fortalecimento dos negócios com base em PI dessas instituições e também com a forma de reconhecimento de pesquisadores baseada em indicadores de patentes e publicações.
As respostas dadas por empresas também estão coerentes, e apontam que o principal motivo foi o de gerar uma vantagem competitiva, se valendo dos benefícios que a proteção das PIs proporciona a seus detentores.
No próximo post da série você poderá entender melhor sobre a utilização dos ativos de PI e motivos que poderiam levar a não utilização deles. Falaremos sobre a importância da revisão de portfólio e também sobre a frequência com que essa revisão deve ser feita. No entanto, você pode aproveitar e baixar nosso e-book com a pesquisa completa que já se encontra disponível.
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