Dado isso, o Ilupi já vem realizando pesquisas periódicas para acompanhar a visão e maturidade que se tem sobre a importância da Propriedade Intelectual aliada à essas inovações no país.

Nesta pesquisa de Propriedade Intelectual, realizada pelo Ilupi em 2022, pudemos compreender como empresas e agentes de PI têm lidado com sua gestão estratégica do portfólio de ativos intangíveis, levando em consideração dados como o perfil dessas instituições, os portfólios que gerenciam e a importância que cada uma delas dá a gestão de seus ativos de Propriedade Intelectual.

Esta série, que será dividida em oito partes, objetiva analisar e apresentar algumas descobertas feitas por meio da pesquisa. Nesta primeira parte, então, você poderá ler sobre o perfil das instituições participantes e a caracterização dos portfólios de algumas delas. As discussões apresentadas aqui são referentes aos seguintes capítulos da nossa pesquisa:

1.1. Objetivos principais da pesquisa

2. Coleta de Informações

3. Perfil das Instituições Participantes

Boa leitura!

Objetivos principais da pesquisa

Nossa pesquisa de Propriedade Intelectual visa principalmente:

• Levantar práticas estratégicas e operacionais que vêm sendo realizadas pelas instituições, utilizadas para embasar os processos decisórios e controle do orçamento; 
• Entender como os prestadores de serviço estão atuando e como vem ocorrendo a sua adaptação às mudanças de demanda nos serviços de Propriedade Intelectual.

Perfil das instituições participantes

Nossa pesquisa contou com 41 representantes de organizações distintas, sendo 78% representantes de instituições detentoras de ativos de PI — empresas, universidades e instituições de pesquisa, e 22% instituições que fazem ou apoiam a gestão de PI de terceiros — escritórios, correspondentes e agentes de PI. 

Ainda, das instituições participantes, 56,25% foram empresas e instituições de pesquisa detentoras de ativos de PI, enquanto 43,75% das respondentes foram Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs).

Gestão de ativos de PI

Quanto à gestão da Propriedade Intelectual, 44,44% das instituições detentoras de ativos de PI indicaram possuir esses ativos com foco no licenciamento. Outros 44,44% informaram que possuem ativos com foco na exploração interna ,como modelos de utilidade aplicados na produção. Somente 11,11% informaram que ainda não possuem portfólio de PI. 

Esses números mostram uma crescente valorização das estratégias de gestão de ativos de PI se comparados com os da nossa última pesquisa, em que 24% das empresas sequer sabiam se os ativos de PI estavam sendo utilizados.

O portfólio de instituições detentoras de ativos de PI

Em nossa pesquisa, tivemos respostas de instituições que detêm todos os seis tipos de proteção de PI. 

Esses dados são importantes para melhor compreensão dos objetivos destas, já que a forma como essas instituições cuidam de seus ativos de Propriedade Intelectual traduz a relevância que esses bens têm para sua estratégia.

As patentes de invenção, modelo de utilidade e as marcas foram os ativos mais protegidos pelas instituições participantes da pesquisa, sendo 91% proteção de patente de invenção, 88% patentes de modelo de utilidade e 84% registro de marca.

Esses percentuais refletem a característica das empresas participantes da pesquisa, que com cultura em PI mais estabelecida, apresentam um portfólio de patentes maior que o de marcas e outras formas de proteção, fato que pode ser relacionado à maturidade dessas empresas em reconhecer a força deste tipo de proteção para o seu modelo de negócios.

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Neste post você pôde conhecer melhor o perfil das instituições participantes da nossa pesquisa e observar um pouco de como se compõe o portfólio de instituições que detêm ativos de PI. 

Essa série de artigos ainda vai apresentar e analisar os principais descobrimentos acerca da realidade atual da Propriedade Intelectual no Brasil e as tendências para o futuro. Além disso, a divulgação da pesquisa busca estimular a maturidade na gestão de ativos intangíveis. Baixe nosso e-book e tenha acesso à pesquisa completa!