Que Propriedade Intelectual, tecnologia e inovação andam juntas, você já sabe, não é mesmo? Mas será que você já parou para pensar como um avanço tecnológico pode impactar o universo da PI como um todo?
Neste artigo, você vai entender como o blockchain pode transformar a rotina da gestão de ativos de PI e, claro, vai saber o que é essa tecnologia e o cenário de aplicação dela no Brasil. Boa leitura!
Blockchain, em uma tradução literal para o português, significa “cadeia de blocos”. Esse nome faz todo o sentido, já que a tecnologia funciona como um registro de transações em
um ambiente. Registra-se um hash, que é um código sequencial criptografado, uma espécie de digital do arquivo.
Cada uma dessas sequências fica interligada à outra, gerando uma cadeia de informações conectadas.
Esses dados ficam disponíveis para seus criadores de forma muito transparente e segura, além de serem imutáveis, fatores que são muito interessantes para agentes de Propriedade Intelectual, como poderemos ver adiante.
O blockchain é amplamente utilizado por empresas do ramo financeiro, mas as vantagens da inovação estão se espalhando para outros mercados. Continue a leitura para entender.
Assim como ocorreu com outras tecnologias, a ampliação do uso do blockchain impacta diversas áreas. Não seria diferente com a Propriedade Intelectual, sempre tão ligada intimamente à inovação. A seguir, você vai entender um pouco melhor sobre como essa tecnologia pode modificar o universo da PI.
Como já explicamos, as cadeias de informações interligadas produzem processos de registro mais assertivos, seguros e ágeis. Ou seja, etapas mais desburocratizadas de registro.
Nesse âmbito, a tecnologia informa diversos fatores de registro muito úteis ao ambiente da Propriedade Intelectual, como:
Por conta dessas vantagens, marcas de grande expressividade no mundo já utilizam a tecnologia em seus processos. Um desses exemplos é a Louis Vuitton, uma das marcas de luxo mais famosas e consumidas no mundo. A gigante está usando o blockchain para realizar rastreamento e comprovação da autenticidade de suas peças.
A BMW também é um outro exemplo de empresa que tem utilizado a tecnologia blockchain em sua cadeia produtiva. O código sequencial criptografado é usado para localizar peças e componentes de montagem dentro do processo de fabricação.
Ou seja, empresas têm lançado mão desta inovação para poupar tempo e recurso em seus processos e também para evitar erros e fraudes.
Apesar de a tecnologia se mostrar grande aliada na segurança de ativos intangíveis de PI, a melhor maneira de protegê-los é com o registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Isso porque a Lei da Propriedade Industrial só protege ativos registrados na autarquia.
A tecnologia blockchain se mostra como um complemento, bastante útil, por sinal, para essa proteção, mas não servirá como base de resguardo se não houver o registro do INPI.
Uma dessas utilidades se encaixa no caso de disputas de utilização de marca.
Nesses casos, é preciso avaliar o uso da marca ao longo do tempo, informações que o blockchain pode armazenar com tranquilidade.
Além de não reconhecer o blockchain como fator principal de proteção de ativos de Propriedade Intelectual, o INPI ainda não tem se movimentado para adorar a tecnologia em seus próprios processos. Apesar disso, o órgão utiliza o sistema de hashes para o registro de softwares, por exemplo.
Mesmo com vantagens tão relevantes, como as que já citamos, a tecnologia blockchain ainda não é amplamente utilizada no Brasil, embora ganhe espaço aos poucos. Uma das explicações para isso é que a inovação ainda não é regulamentada no país.
Sem o aval do governo, essa opção tecnológica ainda é vista com alguma desconfiança. Outro fator para seu uso ainda restrito é o desconhecimento do método por trás do blockchain. Pessoas da área e outros estudiosos e, ainda, alguns curiosos, podem até saber como acontece essa tecnologia, mas grande parte das pessoas desconhece.
No entanto, assim como outras tecnologias, o blockchain tem grandes chances de se propagar e ganhar espaço. A União Europeia, por exemplo, já estuda implantar um ecossistema digital baseado no código criptografado.
Isso significa que, em breve, a chance de outros blocos e países ao redor do mundo voltarem sua atenção para a tecnologia é grande.
Neste artigo, você entendeu o que é a tecnologia blockchain, viu, em linhas gerais, qual é a metodologia por trás dessa inovação e ainda pôde compreender como esse avanço tecnológico pode deixar os processos da Propriedade Intelectual mais ágeis, seguros e assertivos.
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