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Em mais um episódio sobre os atores que compõem a Propriedade Intelectual, Leandro Rangel e o product manager da casa, Raphael Nascimento, conversam, dessa vez, sobre os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs).

Neste artigo, baseado no episódio do podcast Papo com Propriedade, você vai entender o que são os NITs e seu papel na tríplice hélice, qual é sua contribuição para a sociedade e como o Ilupi pode facilitar a gestão de ativos dentro desse agente. Boa leitura!

O que são os Núcleos de Inovação Tecnológica?

Os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) são atores fundamentais em uma instituição de pesquisa. Eles fazem o meio de campo entre o que é desenvolvido em termos de inovação e tecnologia e o que é entregue para a sociedade.

Segundo o product manager do Ilupi, Raphael Nascimento, existe um termo para isso, chamado de transbordamento tecnológico

Mas é na organização interna de uma instituição, geralmente pública, que um NIT faz a diferença. Esse agente é responsável pela gestão da Propriedade Intelectual e por proporcionar a discussão e promover a inovação.

“O NIT está para a instituição de ciência assim como os escritórios especialistas de PI estão para empresas. Mas o NIT ainda tem a função de conectar agentes externos com o que é desenvolvido. Esse agente é um fomentador, responsável por criar um ambiente dentro da academia acolhedor às ideias”, esclarece Nascimento.

Ainda segundo o especialista, um NIT pode apontar alguns caminhos de inventos que nascem dentro de instituições de ensino, como:

  • o invento pode virar uma propriedade da instituição;
  • ativo pode se tornar algo comercializado para alguém explorar;
  • o NIT pode apoiar o inventor no desenvolvimento de um spin-off acadêmico — empresas oriundas da instituição ou de algum projeto de pesquisa que explore a inovação que elas mesmas desenvolveram.

 

De que forma o NIT pode impactar a política de inovação e desenvolvimento de PI?

Ao mesmo tempo em que existe a Lei de Inovação instituindo os NITs, há o movimento de impulsionamento da relação entre universidades e empresas. 

As empresas, no geral, estão focadas na operação. Muitas contam com o setor de Pesquisa e Desenvolvimento, mas quem pode acelerar esse processo são as pessoas que trabalham com tecnologia, ou seja, as instituições.

Nascimento esclarece que o Governo, cumprindo seu papel na tríplice hélice, por meio das políticas públicas, também usufrui da política de Propriedade Intelectual.

“Quando se fomenta essa junção, se promove desenvolvimento tecnológico local. Se possibilita que empresas se instalem ao redor da comunidade acadêmica”, comenta o PM do Ilupi. 

Os NITs estão, também, fora das capitais do eixo Sudeste

Nascimento aponta que os NITs também estão fora das capitais do Sudeste — São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Ele, que estudou na Universidade Federal de Viçosa (UFV), em MG, diz que conhece o núcleo da instituição, o segundo maior do estado, e cita outros:

  • Auspin, da USP, em Jaguaré (SP);
  • Inova, da Unicamp, em Campinas (SP);
  • NIT da Universidade Federal de Pelotas (RS);
  • NIT da Universidade Estadual de Londrina (PR);

"A importância do NIT é exatamente nesse transbordamento tecnológico, nessa influência tecnológica, não só de proteção, mas da inovação, para as coisas fluírem juntas", diz ele ao comentar sobre a importância de organizações como essa estarem espalhadas por todo o país.

É importante ressaltar ainda que a presença desses agentes também desenvolve a localidade onde estão instalados.

A sociedade consome produtos que foram criados dentro dos NITs

Um dos grandes propósitos da Propriedade Intelectual é que os ativos intangíveis desenvolvidos possam servir à sociedade como um todo. Portanto, o papel de fomento dos NITs é fundamental para que esse objetivo seja atingido.

A sociedade já consome diversos produtos que passaram por intermédio dos NITs. O product manager do Ilupi cita alguns exemplos:

  • o medicamento para tratamento de pressão alta e insuficiência cardíaca Captopril;
  • o medicamento Vonau Flash, que trata enjôos e náuseas;
  • um composto biotecnológico que evita a queda de cabelo desenvolvido na UFMG.

Como o Ilupi colabora com a rotina dos NITs?

"O Ilupi é feito para pessoas que trabalham com Propriedade Intelectual por pessoas que trabalham com PI e que já passaram por NITs. A gente auxilia o NIT na gestão estratégica da propriedade.", aponta Nascimento. 

O NIT, com a ajuda do Ilupi, pode fazer:

  • gestão de prazos, protocolos e despachos;
  • elaboração de orçamentos;
  • contraponto de orçado e realizado;
  • gestão de atividades internas, entre outras muitas atividades.

"A gente quer que o NIT pense estrategicamente. Claro, vai ter a parte operacional, mas o NIT vai saber o impacto e desenvolvimento da tecnologia, para quem foi, quanto está recebendo em troca, se isso está gerando valor de alguma maneira. No Ilupi, é possível ter essa visão", conclui Raphael Nascimento.

Assista ou escute o episódio!

Este foi um breve resumo da conversa entre o sócio do Ilupi e host do podcast, Leandro Rangel, e o nosso Product Manager, Raphael Nascimento. Ao ouvir o podcast na íntegra, você terá acesso a outras informações, exemplos e observações importantes sobre os Núcleos de Inovação Tecnológica, os famosos NITs.

O conteúdo deste episódio do Papo com Propriedade está disponível no YouTube. Você também pode escutar o episódio no Spotify, Deezer, Podchaser, iHeartRadio, Google Podcast, Podcast Addict e Jio Saavn

 

Sobre o Autor
Julia Campos é analista de Marketing de Conteúdo do Ilupi. Cursa MBA em Gestão de Pessoas pela USP/Esalq e é bacharel em Jornalismo e Publicidade e Propaganda pela UniAcademia. Tem experiência em marketing, produção jornalística, de conteúdo e assessoria de imprensa. Atua como produtora de conteúdo de temas como Propriedade Intelectual.

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