Neste novo episódio do Papo com Propriedade, o Product Manager do Ilupi, Raphael Nascimento e o sócio-fundador do Ilupi, Daniel Eloi, falam sobre IP Finance. Neste artigo, que resume o que foi falado no bate-papo, você vai entender o que é essa nova forma de financiamento para as organizações e como ela impacta o universo da Propriedade Intelectual. Boa leitura!
O sócio-fundador do Ilupi, Daniel Eloi, explica que a ideia do IP Finance é possibilitar que empresas consigam financiamentos usando ativos de Propriedade Intelectual como uma garantia.
O executivo explica que esse é um termo bem restrito, que mesmo com muito tempo de trabalho com Propriedade Intelectual, na parte de valoração, e de outras funções ligadas a finanças e PI, houve oportunidades de trabalhar com projetos do tipo, mas ainda não são tão comuns.
“É uma coisa bem subjetiva porque vai ser a opinião de quem concede o financiamento, na verdade. Invertendo o problema, você vai emprestar um recurso para uma empresa, ou para uma instituição de pesquisa, o que você aceita como uma garantia?”, observa Eloi.
Ainda, segundo ele, provavelmente, uns dos critérios mais importantes nessa negociação é quanto vale o ativo em questão, naturalmente, porque o valor dele vai estar relacionado de alguma forma com o valor que se topa financiar.
Eloi ainda aponta a importância da liquidez neste tipo de transação. “Eu acho que a liquidez do ativo também conta, que é a capacidade que se tem de transformar em dinheiro. Se você tem uma patente super bacana, de biotecnologia, a instituição financeira não vai explorar diretamente, vai vender ou licenciar e ter outro tipo de exploração”.
O sócio-fundador do Ilupi diz que sabendo que, na média, um ativo de PI não tem uma liquidez tão alta, é difícil comercializar, não tem tantas empresas que têm interesse e que poderiam explorar, é comum que a instituição financeira se planeje para conceder esse empréstimo.
O PM do Ilupi, Raphael Nascimento, complementa que essa é uma discussão que ainda está em estágio inicial. “É algo muito novo, até porque, como Daniel citou, falar de uma patente de biotecnologia é falar de um alto grau de incerteza, então regular essas incertezas com garantia de crédito é uma linha tênue para a instituição financeira”.
“Nós tivemos a oportunidade de fazer a valoração de ativos intangíveis, de PI, para fins de financiamento, e o que a gente teve foi em marcas, nem foi de patentes. Marca não tem a incerteza tecnológica, tem um pouco mais de liquidez, desde que seja uma marca com algum potencial de retorno interessante para quem for explorar”, comenta Eloi.
“A vantagem para mim é muito clara. É um ativo que as instituições já têm, que hoje, não necessariamente elas conseguem alavancar em cima disso recursos financeiros e seria mais uma fonte para uma empresa que está captando recursos, uma startup que está precisando crescer e ter algo para oferecer como garantia”, explica o sócio-fundador do Ilupi.
Eloi ainda observa que esse é um recurso que, ao ganhar mais maturidade, e se mais instituições toparem aceitar ativos de Propriedade Intelectual como garantias, será um fomento importante tanto para startups quanto para o setor de tecnologia e inovação.
Para o executivo, o principal desafio também está ligado ao amadurecimento. Ele aponta que é necessária a formulação de um framework para uma instituição financeira conseguir decidir se vai aceitar conceder o empréstimo e como avaliar cada ativo para ver se pode ser considerado uma garantia ou não e por quanto seria adquirido.
“Já existe esse desafio de valoração para transações convencionais, nesse caso, a complexidade ainda é um pouco maior porque, como tinha falado antes, uma coisa é você negociar um ativo com quem vai explorar, naturalmente terá mais conhecimento de mercado, já vai conseguir entender melhor a aplicação. Mas nesse caso é dar uma garantia para alguém que vai precisar buscar outro alguém para explorar”, explica.
Com isso, é possível entender a demora das instituições financeiras em aderir à modalidade.
Eloi explica que, do lado de quem busca financiamento, o Ilupi ajuda a elaborar um laudo que auxilie a justificar o valor daquele ativo. Do lado de quem pensa em oferecer essa modalidade de financiamento, é possível ajudar a definir e avaliar os critérios para aceitar um ativo. Uma vez aceito, como definir o valor para aquela garantia.
Este foi um breve resumo da conversa entre o sócio-fundador do Ilupi e Daniel Eloi, e o nosso Product Manager, Raphael Nascimento. Ao ouvir o podcast na íntegra, você terá acesso a outras informações e observações importantes sobre IP Finance, não deixe de ouvir ou assistir.
O conteúdo deste episódio do Papo com Propriedade está disponível no YouTube. Você também pode escutar o episódio no Spotify, Deezer, Podchaser, iHeartRadio, Google Podcast, Podcast Addict e Jio Saavn.
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